domingo, 31 de janeiro de 2010

Concretização de uma profecia carnavalesca

Nosso carnaval começou essa semana. Na sexta fomos ao Aconteceu, em Santa e ontem fomos ao marchódromo conferir o Rio Maracatu, Céu na Terra e Rancho Flor do Sereno. Daqui a pouco iremos ao Bagunça meu Coreto ou ao ensaio do Boi Tolo.

Mas na verdade, não estamos escrevendo sobre o carnaval e seus maravilhosos blocos, mas sim sobre cerveja, que é o nosso principal foco, e a profecia que nosso amigo André Titi fez há três anos atrás. No carnaval de 2007, o Titi profetizou que aquele seria o último carnaval a vender latinha a R$ 2,00. Errou. Só agora, teremos a latinha a R$ 2,50, infelizmente. O latão está R$ 3,00.

Agora teremos que escolher entre qualidade e economia. Como carnaval no Rio equivale a tempo quente, quanto maior a cerveja, mais quente será seu final. Se for dividir com duas ou três pessoas, não dará para esquentar muito.

Para facilitar, faremos algumas contas para ajudar o pessoal a escolher o quê comprar, comparando os preços atuais das cervejas encontradas por aí nos blocos, e o preço antigamente cobrado.

Com R$ 1,00, você compra:

- 177 mL, com uma latinha (355 mL) a R$ 200
- 157 mL, com um latão (473 mL) a R$ 3,00
- 150 mL, com garrafa (600 mL) a R$ 4,00
- 142 mL, com uma latinha (355 mL)  a R$ 2,50

Assim, o melhor a fazer é dividir um latão com alguém ou conseguir convencer um camelô a vender algumas latinhas com o preço unitário de R$ 2,00.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pé imundo

Café e Bar Eustakio’s

O que você quer quando entra um bar que você sabe que não tem comodidade? Qual é o mínimo que você exige?

Pois então, no dia de Natal, após o almoço, no final da tarde, nosso amigo Marcelo Pelotas (do post anterior) nos convidou para beber uma cerveja. Como já havíamos furado com ele algumas vezes e sob o argumento de “vocês conhecem um novo bar para o blog”, resolvemos aceitar, apesar do cansaço natalino.

Encontramos com ele no Café e Bar Eustakio’s, em Laranjeiras, Zona Sul. Antigamente, esses bares eram chamados de pé sujo, mas com a glamorização do termo, passaram a ser conhecidos como pé imundo. O nome cai bem: banheiro e balcão sujos, comida e petiscos da antevéspera.

Mas tudo bem, não fomos para lá em busca de luxo, apenas de uma cerveja (Antártica, R$ 3,50) para molhar a garganta enquanto conversávamos sobre o Natal, a vida, futebol e outras besteiras. E aí estava o problema, respondendo as perguntas lá de cima, a única coisa que queremos de um pé sujo é cerveja estupidamente gelada. E lá não tinha!

Devido à falta de opções nas redondezas, ficamos lá até cansar, principalmente porque a conversa estava boa. Então, fomos para a Praça São Salvador, onde encontramos outros amigos. Mas aí, fica para outro post.


Notas
Adriana: Bebida (1); Comida (-); Atendimento (2)
Maron: Bebida (0); Comida (0); Atendimento (2)


Informações  
Endereço: rua das Laranjeiras, em frente ao restaurante Daruma

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os bons ventos de Ano Novo

Mistura Casual
Planalto do Chopp

Na virada do ano, acabamos indo a dois lugares que não tínhamos boa impressão.

O primeiro foi o Mistura Casual. Na correria dos preparativos de Ano Novo, tivemos que decidir pela opção mais rápida. E lá fomos nós almoçar no “Mistura que desanda”. Surpresa, como havíamos recomendado, a casa começa a se especializar: encurtou o cardápio e passou a servir “prato do dia”. Assumiu-se como bar e passou a vender também cerveja em garrafa.

Pedimos uma picanha (R$ 13,90) e um filé de peixe (R$ 9,90), acompanhados por Bohemia (garrafa 600 ml, R$ 3,80). A picanha tinha arroz e feijão para três e carne para meio. O peixe estava meso-meso. Mas em compensação a cerveja estava muito melhor que o chope.

Depois de ver os fogos em Copacabana e o show da Blitz, fomos comer alguma coisa, pois a fome estava negra. Ao redor de Copa, tudo lotado. Fomos embora e no caminho paramos no Planalto do Chopp, um bar que nunca nos agrada, mas o único aberto no Flamengo.

Como prenúncio de que esse ano será muito bom, foi a primeira vez que fomos bem atendidos lá. O chope continua meio aguado e a pizza gordurosa, mas o atendimento de Ano Novo realmente impressionou.

Não sabemos se tudo isso não passa apenas de uma exceção de Ano Novo, mas 2009 terminou bem e 2010 já começa com gratas surpresas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Do lorde à plebe

Bar e Restaurante O Plebeu
Por Marcelo Pelotas

Minha primeira vez aqui no blog será para falar de um bar que freqüento há muito tempo. Quando converso sobre bares com Maron, Adriana e outros amigos, sempre me lembro do Plebeu.


Plebeu é um bar que costumava ir com muita freqüência, e sempre que volto lá não me decepciono. Inaugurado em 1979, fica num sobrado na esquina das ruas Capitão Salomão e Visconde de Caravelas (Humaitá, Zona Sul) e é difícil um dia do final de semana em que ele não tenha fila na porta. Não à toa, a AmBev (ou seria Inbev) bancou a reforma do bar e o transformou em um bar “Bohemia”. Tudo remete à cerveja, desde os lustres, até os azulejos com tampas de garrafa, até um painel com as bolachas.

Sou suspeito de falar do Plebeu, por ser um bar que gosto muito. Mas o Maron me pediu para escrever, e aqui estou.

Que características me fazem lembrar do Plebeu?

  1. O bar sempre primou por servir Orginal, Bohemia e Skol muito geladas. Agora, ou pelo menos percebi há pouco tempo, ampliou o cardápio para as outras da família Bohemia, e diversas importadas, por um preço que não chega a ser barato, mas sem dúvida é justo.
  2. O atendimento me parece ser o que mais me atrai. Conhecer garçons pelo nome numa cidade como o Rio é complicado. Lá é possível. Gosto tanto do Plebeu que eu e uns amigos certa vez promovemos um aniversário pro garçom, com direito a bolo de aniversário. O nome dele: Edson. Tem também o Almir, o Gigante. Todos muito simpáticos e eficientes.
  3. O cardápio de comida também não deixa a desejar, a não ser que você goste de comida light. Para almoçar, recomendo fortemente o churrasco completo. Se for só para degustar as cervejas e bater aquela fome, pode-se optar pelo gurjão de frango (excelente e bem servido), provolone à milanesa (um clássico) ou bauru (este sanduíche alimenta dois sem muita fome). Todas as porções são muito bem servidas e o preço, bem, já foi mais barato, mas não é abusivo. O mesmo vale para a cerveja.
  4. O bar possui sistema de pay-per-view que funciona em dia de jogos.


Como nem tudo é sempre perfeito, o Plebeu é um bar que costuma ficar muito cheio e por isso acaba ficando quente em dias de verão, apesar dos ventiladores. Por isso, sempre prefiro a varanda do segundo andar.


Notas
Marcelo: Bebida (3); Comida (2*); Atendimento (3)


Informações
Endereço: Rua Capitão Salomão, 50 – Botafogo – (21) 2286-0699
Internet: http://www.oplebeu.com.br/
Horário: 11h30/4h (dom. 11h30/21h30)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Carnaval Rio 2010

Como nossa amiga Isabel pediu, estamos divulgando os blocos do carnaval do Rio de 2010.

Saiu uma listagem oficial da Riotur, no qual constam os blocos da Liga Sebastiana e outros que pediram autorização. Mas existem outros blocos (da Desliga) que vão sair mesmo não tendo pedido autorização para a Riotur. Tem outra lista, que recebemos da Raquel Neves pela lista do CABio/UFRJ, que é toda organizada. As duas têm algumas divergências. E teve algum(ns) louco(s) que jogaram os locais de vários blocos no Google Maps. O link é este:


Recomendamos sempre os blocos de dia. Tenha pique de acordar cedo e fígado para começar a funcionar antes de meio dia.

Ainda não definimos os blocos que vamos nesse ano, mas em breve daremos um roteiro com dois ou três dos melhores blocos por dia.

Blocos (Riotur) - 2010

Blocos do carnaval de rua Rio 2010 (CABio)

domingo, 10 de janeiro de 2010

A controvérsia do verão

Litrão versus 600 ml

A cerveja Skol litrão voltou, e agora com força total, fazendo propaganda na tv e tudo. Será que pega?

A Ambev aproveitou o verão, quando as pessoas bebem mais, e relançou o litrão. Ano passado, nem Skol nem Antártica conseguiram vingar. Esse ano, Schin e Itaipava entraram na briga.

Muitos torcem o nariz para o formato, preferem a garrafa de 600 ml. Os donos de bares argumentam que terão menos lucro, precisarão trocar os refrigeradores e aturarão por mais tempo o mesmo bêbado-de-uma-cerveja-só (e são muitos). Argumentos razoáveis. Mas os clientes se dividem: uns dizem que o litrão sempre ficará quente, outros argumentam que é mais barato e dão conta.

E vocês, o quê acham?

Abaixo vai a opinião de cada um de nós e depois uma reportagem sobre o assunto que saiu no Valor Econômico:

Adriana - Apesar de entender as razões de alguns pequenos bares não adotarem o litrão, o fator barateador me agrada. Quando essa idéia surgiu (ou quando tomei conhecimento) lá por meados do ano passado, achei que ia pegar. Mas em seguida veio uma decisão da justiça de proibição aos benditos litrões por afetar a livre concorrência?! Oras, não entendi. Bastava que as outras empresas cervejeiras se virassem e adotassem o tão democrático e mais barato, pelo menos por enquanto, litrão.

Maron - Sou muquirana e por isso prefiro litrão. Talvez assim os bares tomem vergonha e passem a vender cerveja gelada.

Renata - É a melhor pedida para quem esta com grupo de amigos... econômico e não esquenta.


Fotos: site da Skol (www.skol.com.br)


Será que a cerveja “litrão” vai pegar?
Fonte: Valor Econômico
http://pdvativo.blogspot.com/2009/03/sera-que-cerveja-litrao-vai-pegar.html

Até pouco tempo, cerveja em litro, no Brasil, era coisa de argentino. No país vizinho, as garrafas de vidro com 1000 ml ou perto disso (970 ml ou 960 ml), têm mais da metade do mercado. Por aqui, onde os vasilhames de 600 ml ficam com 68% das vendas e as latinhas com 28%, os “litrões” começaram a se tornar conhecidos só em 2007, quando aAmBev iniciou a importação de marcas uruguaias, como Norteña, Patrícia e Pielsen.

Naquele ano, foram vendidas, segundo a Nielsen, 3 milhões de garrafas - quase nada em comparação aos quase 10 bilhões de litros de cerveja consumidos ao ano no país. Mas, em 2008, a embalagem começou a cair no gosto do consumidor. Marcas como a argentina Quilmes e a belga Stella Artois (as duas da AmBev) foram chegando e, no fim do ano, animada com o crescimento das vendas, a empresa lançou a versão litro de Skol e Brahma. Resultado: 2008 fechou com 12,7 milhões de “litrões” vendidos - alta de 315% sobre 2007.

Ainda assim, esse mercado não chega a 0,2% do total. Mas é uma das maiores apostas do setor, já que a embalagem é econômica, tanto para o consumidor, quanto para a indústria. Para quem compra, um litro de Skol custa R$ 2,50, sem casco (com ele, sai por R$ 3,20). Cada 100 ml sai por R$ 0,25. Como a lata de 350 ml custa em média R$ 1, os mesmos 100 ml acabam custando R$ 0,28. Parece pouco, mas para quem não gostou do aumento médio de 10% da cerveja no ano passado, qualquer centavo faz diferença.

Para as cervejarias, a conta é simples. “Elas gastam um rótulo só, uma tampinha só para 50% mais líquido”, diz o consultor Adalberto Viviani, da consultoria Concept, especializada em bebidas. “Além disso, o transporte também fica mais econômico”, acrescenta. Essa redução de custos é tão atraente que outras empresas, como Femsa e Petrópolis, já estariam preparando lançamentos com a garrafona, segundo informações do mercado, embora nenhuma delas confirme esses planos.

A AmBev, porém, garante que lançará mais marcas nesse formato este ano. Para o gerente de compras de cervejas do Grupo Pão de Açúcar, Fabio Rodrigues, essa é uma boa notícia, uma vez que nos supermercados da rede o volume de vendas do vasilhame de 1000 ml dobrou nos últimos dois anos e a expectativa é que continue crescendo assim em 2009. “Quanto mais volume, melhor”, diz ele. “Um litro de Norteña custava R$ 9 há três anos. Hoje, como há mais escala, o preço caiu para R$ 7”, afirma.

Mas quem gosta de cerveja pode ficar em dúvida se o líquido não esquenta em uma embalagem tão grande. Segundo a AmBev, isso não é empecilho para expansão do formato. O “litrão”, diz, é voltado para o consumo doméstico em grupos, como famílias e reuniões de amigos. Servida para mais gente, a cerveja não teria tempo de esquentar. Por isso, o canal de vendas prioritário do formato não são bares e restaurantes, mas padarias e pequenos supermercados, onde boa parte das famílias costumam fazer suas compras. Além disso, por enquanto, só esse tipo de varejo aceita retornar o vasilhame. Grandes redes, como o Pão de Açúcar, só vendem a bebida com casco. Ou seja, não recolhem a garrafa.

sábado, 2 de janeiro de 2010

No fim das compras, um mexicano

Tacos & Wraps

Nesses dias que antecederam o Natal, sempre tem aquele que você passa o dia inteiro tentando comprar os presentes para a família e para os infindáveis amigos-ocultos que participamos. Num desses dias, ao final das compras, aproveitamos que estávamos em Botafogo e fomos conhecer o Tacos & Wraps, atraídos pela comida mexicana.

Quando chegamos, o bar estava vazio e pudemos escolher uma mesa na parte externa, livre da TV que passava algum clipe americano qualquer. Que bom que chegamos cedo, pois logo depois o bar encheu e só nos sobrariam as mesas na parte interna.

Ao abrir o cardápio, nos deparamos com várias opções de pratos (ou petiscos) mexicanos e os tais wraps. Os mexicanos nós já conhecíamos, mas nossa ignorância sobre os wraps e a falta de informação no cardápio ou por parte dos garçons, nos fez optar pelos tradicionais nachos (grande, R$ 12,00) com mais dois molhos acompanhando (R$ 3,00, cada). Depois descobrimos que wrap é uma variação de taco ou burrito inventado pelos americanos, tornando-os mais saudáveis. Como tortilha não enche barriga, pedimos um burrito bisté. A casa oferece várias opções de burritos e tacos, mais preferimos ficar com o burrito mais tradicional, que vem com pedaços de filé, feijões refritos e cheddar, acompanhado por mais chilli beans. As outras opções podem ser preenchidas por frango, carne seca ou moída e até soja ou ricota. As escolhas não decepcionaram, os pratos são saborosos e a preços justos.

Para acompanhar tudo isso, é claro que tinha que ter um molha-garganta. No cardápio poderíamos escolher entre as cervejas mexicanas, a Bohemia long neck ou chope Brahma. Pelas mexicanas serem muito aguadas e a Bohemia ser cara, escolhemos o chope Brahma (R$ 3,40). Sem saber, uma boa escolha: era terça-feira e fomos brindados com dose dupla. Pena que o chope é aguado. Será que ninguém mais sabe tirar um bom chope no Rio?

Infelizmente, nem tudo são flores nesse pedaço mexicano de Botafogo. O atendimento deixa muito a desejar. Os atendentes não são mal-educados, mas a eficiência e simpatia passam longe. Obter qualquer informação era uma dificuldade, assim como pedir a pimenta (que num bar mexicano, deveria estar na mesa antes mesmo da cadeira) ou a conta. Rápido mesmo só o chope, quase empurrado o tempo todo.

A mesma qualidade do serviço também está presente no site do bar. Todos os preços estão desatualizados. Não se guiem por lá.

Mas mesmo assim, se estiver em Botafogo, entre o Estação Botafogo e a praia, achamos que esse ainda deve ser uma das melhores opções dentro do complexo de bares e restaurantes que ali se formou. Já conhecemos outros, mas poucos agradaram. Depois contaremos sobre eles. Aproveitem o Tacos & Wraps, principalmente se for terça-feira.


Notas
Adriana: Bebida (1*); Comida (3*); Atendimento (2)
Maron: Bebida (1*); Comida (2*); Atendimento (1)
Cristina: Ø
Renata: Ø


Informações  
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 32/B – Botafogo – (21) 3268-6014 / 3268-6015
Internet: http://www.tacosewraps.com.br/index.htm
Horário: terça a sábado a partir das 18h e domingo a partir das 16h